quarta-feira, 22 de julho de 2009

A construção do conhecimento sobre a escrita


O texto trata mais esfecificamente como as crianças constrõem seus processos de leitura e escrita.



Atavés da hipóteses criadas pelas crianças, o texto traz exemplos do desenvolvimento e a constante reconstrução de lógicas a partir da tematização feita por Andrea. Penso que a participação do professor foi fundamental para que Andrea chegasse as suas próprias conclusões na construção do seu nome. O professor precisa prestar muita atenção em como a criança se relaciona com a aprendizagem e seu processo de construção do conhecimento.



Vale a pena destacar as regularidade, que o texto relata, que as crianças apresentam quanto aos problemas cognitivos:



  • é preciso ouví-las para compreender suas hipóteses;


  • através da interação com material escrito e leitores a criança estabelece suas hipóteses; mesmo que ela não tenha domínio consegue estabelecer relações de leitura e escrita;


  • os problemas conceituais são respondidos pelas hipóteses criadas e nesse processo os referenciais são importantes para se perceber o erro;


  • as hipóteses se desenvolvem por meio da reconstrução. A criança rearticula, toma consciência e reconstrói (tematiza).

O texto traz muitas idéias e conceitos, que já foram apresentados na postagem anterior, como princípio da quantidade mínima. Entretanto, traz conceitos novos como potencial de intencionalidade comunicativa que refere-se ao momento (geralmente apartir dos 4 anos) em que a criança entende que as palavras querem dizer algo. Refere-se a perspectiva comunicativa da escrita e sua função de comunicar e transmitir alguma idéia. Mesmo que ela ainda não faça relação entre letra, som e significado, é capaz de fazer assimilações entre objeto e escrita atribuindo uma função simbólica à escrita, função essa que diz respeito a representar os nomes dos objetos e das pessoas. Nesse processo surge o conceito hipótese do nome, que trata do momento em que a criança percebe que os artigos não fazem parte do nome, pois quando se questiona o nome de algo ela não cita o artigo. Isso demonstra que desde cedo as crianças já usam as mudanças sintáticas para estabelecer suas hipóteses para o significado das palavras.



A princípio as crianças tendem a crer que só pode estar escrito nomes de objetos ou pessoas. Após um tempo, já aceitam verbos e só depois aceitam que elementos como preposições e pronomes podem ser escritos sozinhos.



Outro aspecto importante que ainda não havia comentado aqui, trata da falta de significação dos espaços em branco que separam as palavras. Numa correspondência entre fala e escrita, na fala pronunciamos a frase toda junta, portanto a criança tende a escrever também tudo junto. A separação das palavras por meio de espaços só se dará através da prática da escrita.



Destaco ainda, a essencial diferença que é feita da função da escrita em transcrição do oral e como uma outra maneira de representação da linguagem com propósitos diferentes. Na primeira perspecitiva, a escrita é reduzida ao reconhecimento e aprendizagem dos códigos. Já na segunda, há uma aprendizagem conceital que é construída a partir das conclusões da própria criança, através de novas assimilações para novas formas e funções da escrita. Nesse sentido, destaco que o professor deve estar munido de conhecimento, no que se referem a todas essas questões que foram trabalhadas em todo esse blog, para que entendam que a leitura e a escrita não são elementos restrito à escola, mas cercam a criança a todo instante e portanto o processo de leitura se torna algo contante no seu cotidiano. Esse contato se dá em situações da vida real da criança mesmo antes da escola existir para ela e, por isso é fundamental mostrar para que serve a escrita. Essa relação entre o conhecimento do cotidiano e função da leitura e da escrita precisam ser muito bem mediados pelo professor.

Um comentário:

  1. Thais, coloque no início da reflexão a que texto se refere... Coloque a referência completa para localizar o leitor. As ideias apresentadas estão muito boas. Demonstra seu entendimento dos principais pressupostos teóricos apontados pelo texto. O final é bastante interessante, tendo em vista que você aponta algumas "dicas" para que o professor possa atuar de forma adequada no processo de alfabetização das crianças...

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